Conforme divulgado no relatório Panorama Econômico Mundial, nos últimos dias, o FMI (Fundo Monetário Internacional) sinalizou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve crescer mais do que a média global, que deverá ter alta de 3% neste ano. Já para 2024, a estimativa é de um percentual ligeiramente inferior, de 2,9%, redução de 0,1 ponto percentual, face à sua projeção anterior, de julho.
“Temos uma economia global que continua a se recuperar da pandemia e da guerra na Ucrânia e, ao mesmo tempo, um crescimento que permanece baixo em relação aos padrões históricos”, afirmou o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas.
Na América Latina, o Brasil se beneficia do bom desempenho dos mercados de matérias-primas, com aumento previsto de 3,1%, (+1,0 ponto em relação ao último relatório, de julho). O México deve crescer 3,2%, sendo um dos principais beneficiários da reorganização das cadeias de abastecimento entre a China e os Estados Unidos. Por outro lado, a Alemanha apresenta os sinais mais preocupantes, com uma recessão cada vez mais certa para este ano (-0,5%), e mais pronunciada do que o esperado, com uma recuperação fraca no próximo ano (0,9%).
Depois de ficar para trás no ano passado entre os países do G7, a principal economia da União Europeia (EU) será a única em recessão este ano no bloco. “Há uma combinação de dois grandes fatores: por um lado o choque energético causado pela guerra na Ucrânia num país muito dependente da energia russa, por outro lado o aperto da política monetária”, observou Gourinchas.
As previsões para a França melhoraram ligeiramente para este ano (1% esperado, ou 0,2 pontos melhor do que o previsto em julho), enquanto a Espanha permanece sólida, com crescimento de 2,5% para 2023. Já a economia italiana está estagnada, mas permanece em território positivo em 2023 (+0,7%). Fora da UE, o Reino Unido continua a enfrentar um crescimento lento (+0,5%).
Fonte: Carta Capital